| Entre os animais atacados pelo predador que se convencionou chamar de chupacabras estão ovelhas e cabras, mas também aves, cães, gatos e até cavalos já foram atingidos | O fenômeno chupacabras ganhou este nome – e notoriedade mundial – em março de 1995, quando o locutor e jornalista Arnaldo Garcia, da cidade de Orocovis, em Porto Rico, decidiu romper a cortina de silêncio. Garcia utilizou-se de seu espaço na Rádio Cumbre, local, para relatar uma sucessão de casos de animais mortos ou mutilados em circunstâncias misteriosas. Ovelhas, bois, cabras, cachorros, galinhas e gansos apareciam com feridas que não podiam ser atribuídas a nenhum predador conhecido. Na maioria das ocorrências, os corpos apresentavam orifícios perfeitos, através dos quais haviam sido extraídos os órgãos internos – e praticamente nenhum sangue. Quando Garcia decidiu divulgar estas histórias tinha em seu poder uma grande quantidade de relatos, testemunhas e provas. Mas as notícias assumiram uma proporção que rapidamente fugiu ao controle do locutor.
Inúmeros depoimentos chegaram a ele e a outros órgãos de comunicação, e casos semelhantes surgiram no México e em demais países da América Central. O tema ganhou manchete nos jornais do mundo inteiro, sendo investigado por uma legião de repórteres e investigadores do insólito. Descobriu-se inclusive que 20 anos antes, na província de Moca, também em Porto Rico, dezenas de animais apareceram mortos em circunstâncias parecidas. Na época, a imprensa atribuiu os ataques a um ser chamado de “Vampiro da Moca”. O que mais surpreendeu os especialistas que investigaram a onda de agressões de 1975 foi a presença de forte radiação ao redor do local onde haviam sido registradas algumas ocorrências.
Grande mistério
Um dos casos mais conhecidos aconteceu em plena área metropolitana, na periferia da cidade de Ilha Verde, com o empresário Buenaventura Bello. Acostumado a acordar todas as manhãs com o grasnar dos seus 18 gansos, em 06 de abril daquele ano, despertou assustado com o silêncio. Abriu a janela do quarto e viu as aves mortas, cuidadosamente alinhadas e formando um grande círculo. Ao examiná-las, Bello descobriu que todas tinham perfurações de cerca de 5 cm de diâmetro, sendo que as penas ao redor haviam sido totalmente retiradas. Nenhum dos gansos apresentava uma única gota de sangue. O comportamento anormal de sua cachorra de estimação, que naquele dia permaneceu em completo silêncio, intrigou o empresário. Assim que Bello abriu a porta, ela correu para dentro de casa, gemendo e com o rabo entre as pernas. Durante dias, a cadela não quis voltar ao quintal. Chocado com o acontecimento, ele chamou a polícia, que fez uma detalhada investigação. Posteriormente, uma equipe dita especializada chegou ao sítio protegida por roupas e máscaras anti-radiotivas. Eram cinco homens que traziam equipamentos pesados e aparentemente sofisticados. Examinaram os corpos dos gansos e o quintal por duas horas. Na saída, ordenaram que não se aproximassem em hipótese alguma do local ou dos animais. Uma hora depois, outro grupo apareceu para recolher as aves.
Durante as semanas seguintes, agentes em trajes civis se revezaram durante todo o dia na porta da residência. Um deles aconselhou Bello e sua esposa a se mudarem dali, alegando que havia alguma coisa muito perigosa no local. Depois os oficiais desapareceram e o empresário jamais foi procurado. Mas a história não havia acabado. Menos de um mês após o ocorrido, a cachorra começou a ficar amuada, perdeu a fome e apresentava sintomas de extrema debilidade. O veterinário que a examinou disse que ela estava com câncer em estado avançado e os aconselhou a sacrificá-la. Assustado com a rapidez com que a doença tomara conta da cachorra, o casal se mudou imediatamente da casa.
Nos arredores da cidade de Moca, onde surgiu a lenda do Vampiro, mais de vinte cabras foram encontradas mutiladas em uma só noite, na propriedade do sitiante Hector Vega. O técnico em radiologia da Defesa Civil local, Luis Urbina, examinou a região com o seu contador Geiger e constatou radioatividade da ordem de 0.008 a 0.012 Röentgens – considerado altíssimo. Outras dezenas de animais vitimados foram exaustivamente analisados. Quase todos apresentavam perfurações idênticas às encontradas nos gansos do casal de Ilha Verde. Estas feridas normalmente penetravam alguns centímetros no interior do corpo das vítimas e o instrumento que as faziam tinha a capacidade de cauterizá-las imediatamente, emitindo um calor muito intenso. O impressionante é que, embora estes orifícios sempre fossem pequenos, alguns animais apareciam com órgãos inteiros extirpados. Em alguns casos, foi verificado que o cérebro dos bichos havia desaparecido, sem que o crânio tivesse sido tocado. |
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